"É a enfermagem exercendo o seu papel"

Aqui você vai encontrar informações, dicas de prevenção, orientações de como cuidar melhor de sua saúde, entrevistas, espaço para perguntas. E nós vamos fazer o possível para diminuir suas dúvidas na busca por uma vida mais saudável.

sábado, 11 de março de 2023

Sexualidade e Gravidez na Adolescência: é preciso mais diálogo! o Brasil tem uma das taxas mais altas do mundo segundo a OMS ( 400mil/ano).


Dialogar sobre a sexualidade ainda é um tabu para boa parte da população, principalmente nas regiões mais interioranas. Apesar da liberdade de expressão, da veiculação e exploração frequente da sensualidade, sexualidade através de músicas, filmes, danças, conversar sobre a Iniciação Sexual e a Gravidez na Adolescência de forma mais direcionada seja em família ou em outros círculos de conversa como o ambiente escolar, nas igrejas, ainda tem sido algo delicado. Talvez porque implique em assumir responsabilidades, em tomar decisões, assumir compromissos, expor opiniões de ambos os lados.  Essa limitação ainda vem constituindo um grande problema de saúde pública frente às dificuldades encontradas em trabalhar a prevenção, corroborado ainda pelo fato de que estes jovens vêm tendo iniciação sexual cada vez mais precoce, muitas vezes sem acompanhamento adequado, resultando por vezes na gravidez não planejada na adolescência, assim como a contaminação por IST’s.  Esse diálogo deve iniciar no seio familiar, que é o elo de todo o contexto estrutural da adolescente. A falta dele contribui também para que deixem de comparecer às consultas nas USF, local onde poderiam ter uma orientação direcionada e preventiva através de um profissional especializado. 
A gravidez na adolescência e não planejada traz grandes impactos sociais, psicológicos, físicos, contribuindo para a registros de morte materna e infantil, apesar do número decrescente, segundo dados do Ministério dos Diretos Humanos e da Cidadania , conforme tabela abaixo. Também de acordo com a OMS, mesmo com a redução dos índices, o Brasil tem uma taxa média de 400 mil casos de gestação na adolescência por ano, uma das mais altas do mundo. 

        Segundo o Ministério da Saúde (1998), a Saúde da Família é entendida como uma estratégia de reorientação do modelo assistencial, operacionalizada mediante a implantação de equipes multiprofissionais em unidades básicas de saúde, sendo estas, responsáveis pelo acompanhamento de um número definido de famílias, localizadas em uma área geográfica delimitada. As equipes atuam com ações de promoção da saúde, prevenção, recuperação, reabilitação de doenças e agravos mais frequentes, e na manutenção da saúde desta comunidade. Surgiu então com o propósito de tratar a família como um só núcleo respeitando a individualidade de cada componente, assim como a comunidade como um todo de acordo com suas especificidades e necessidades, visando não só o tratamento curativo, mas principalmente o cuidado preventivo.
      Sendo assim, dentro desse contexto de medos, dúvidas, incertezas, que surgem no decorrer da vida da adolescente, a família e a enfermagem exercem papel fundamental através da oferta de informações e ações que a ajudem a conviver e passar por essa fase de maneira coerente, responsável, tranquila, alegre e com possibilidades de escolhas quanto à vivência da sua vida sexual e reprodutiva. Não descartando a gravidez, mas sim, que ela aconteça por escolha e com a devida estruturação que merece esse momento tão especial e delicado pelas transformações que implica na sua vida. 

Referências:
1-https://www.gov.br/mdh/pt-br/assuntos/noticias/2022/fevereiro/casos-de-gravidez-na-adolescencia-diminuiram-em-media-18-desde-2019
2-https://ufmg.br/comunicacao/noticias/gravidez-na-adolescencia-uma-questao-de-saude-publica#:~:text=Segundo%20a%20Organiza%C3%A7%C3%A3o%20Mundial%20de,das%20mais%20altas%20do%20mundo

domingo, 5 de março de 2023

BASE DESCENTRALIZADA DO SAMU DE GM EM AÇÃO: PORQUE O SAMU TAMBÉM É PREVENÇÃO


BASE DESCENTRALIZADA DO SAMU DE GM EM AÇÃO: PORQUE O SAMU TAMBÉM É PREVENÇÃO

Dentre todos os acionamentos do SAMU, com certeza os traumas tem prevalência. Dentre as situações de traumas estão incluídos: quedas variadas, PAF, PAB, agressão física, acidentes de automobilístico e principalmente de moto. Este último tem sido uma crescente em nossa sociedade pela facilidade com a qual as pessoas tem em adquirir o veículo, o seu fácil manuseio, falta de fiscalização e principalmente falta de conscientização das pessoas diante das medidas preventivas essenciais, como o uso de capacete, controle da velocidade, não beber quando na necessidade de uso do veículo, não uso do celular. É compreensível a necessidade da mobilidade através da moto, diante do menor custo de combustível e praticidade, no entanto, diante das atitudes inconsequentes que temos visto, nossos índices de acidente com moto estão numa crescente e principalmente com a falta de uso de capacete. Nesse contexto, nossa equipe tem assumido o compromisso de atuar não só na assistência direta a essas e outras ocorrências (papel original do Serviço Móvel de Urgência e Emergência), bem como, priorizar também as ações preventivas. 

Um acidente de trânsito e mais especificamente com moto, não se resume ao acidente em si, ao fato ocorrido, à apenas as consequências físicas do trauma. Vai além, causando traumas psicológicos, desestruturação de uma família e até mais de uma quando na existência de colisão com outro veículo. Um sinistro como esse onera em muito o Sistema Único de Saúde, indo do contexto hospitalar até a continuação da assistência através dos serviços municipais de saúde, da assistência social seja através dos benefícios financeiros, como também para garantir a subsistência da família e da própria vítima, tendo em vista que o mesmo passará por longo período sem uma atividade laboral e sendo ele muitas vezes um dos provedores da família.

Dessa forma, não cabe mais normalizar a perda de vidas através de situações que podem ser evitadas; não cabe mais a falta de diálogo sobre esse tema; não cabe mais não responsabilizar a quem por direito; não cabe mais fiscalizações rasas; não cabe mais a falta de conscientização por conivência. As leis existem para normatizar, organizar e proteger. Não deveriam ser utilizadas como regra, se a população usasse de toda as orientações que são disponibilizadas, buscasse ter o entendimento que o uso dos equipamentos de proteção individual é obrigatório para garantir a própria proteção e do coletivo e dessa forma a aplicação das leis se tornariam raras exceções.

Vamos seguir nesse trabalho de educação, orientação, sensibilização com a nossa população, com o intuito de prevenção ao acidente de trânsito, para que nenhuma família precise sofrer a gama de consequências que se sucedem à ele.

De janeiro/2023 até aqui já fizemos palestras, lives, panfletagem na BR 101, entrevistas e vamos seguir com diálogo nas comunidades através das associações, igrejas, escolas onde queiram nos acolher e também levando outro tema de suma importância que são as Noções Básicas de Primeiros Socorros.


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Enfa.Márcia Rezende

Coordenadora da Base Descentralizado do SAMU de Gov. Mangabeira

 

domingo, 16 de fevereiro de 2020

Álcool gel: não é preconceito, é prevenção

As nossas mãos são os principais meios de contaminação e consequentemente de transmissão de doenças. 
E por quê?


Usando nossas mãos tocamos e manuseamos vários objetos no decorrer do dia: maçaneta da porta, dinheiro, porta do carro, celular, corrimão do ônibus, objetos em lojas e supermercados, elevamos ao rosto quando queremos tossir ou espirrar. Por passarmos mais tempo na rua ou no trabalho dificilmente lavamos as mãos após essas ações e assim, quando apertamos a mão de outra pessoa, tocamos em objetos públicos deixamos tudo que foi adquirido por nossas mãos. É nessa hora que a transmissão de vírus e bactérias ocorre de um para o outro.
Quais medidas tomar para evitar ou diminuir o risco de transmissão de doenças: 
  • Lavar as mãos constantemente com água e sabão;
  • Usar o álcool gel.
  • Não pegar nas mãos de bebês e crianças: elas elevam as mãos à boca e aos olhos com muita frequência e não têm a imunidade completa como proteção.

Então....
O uso de álcool gel não é frescura e nem preconceito, é prevenção. Adote essa ideia.





sexta-feira, 14 de novembro de 2014




Vivemos criticando a inércia dos setores públicos quando se trata da resolutividade para aqueles que dependem de seus serviços; criticamos um ao outro pela falta de solidariedade para com o próximo; apresentamos todas as dificuldades que nos impede de ajudar, mas quando a oportunidade chega até nós, recuamos ou não avançamos.  Na verdade podemos fazer uma diferença muito grande com ações simples e que por vezes não custa nada.

Com a Doação de Sangue, um único doador pode beneficiar até 4 pessoas, através dos hemocomponentes fracionados do sangue total que são: concentrado de hemácias, plasma, plaquetas e criopreciptado e nesse mesmo processo, realizando o Cadastro de Medula Óssea esse mesmo doador podem vir a ser compatível com alguém que esteja precisando de um transplante de medula, melhorando em ambos os casos a expectativa de vida de quem recebe o sangue ou o transplante.

Nesse percurso surgem vários questionamentos e medos que podem ser sanados no momento da realização da entrevista / triagem clínica ou a qualquer momento numa Unidade de Coleta e Transfusão.

O volume de sangue doado, por exemplo, não incapacita o doador, não lhe consequencia em nenhum tipo de fraqueza, não lhe transmite nenhuma doença. Todo o material utilizado é descartável; os glóbulos vermelhos que compõe o sangue é recuperado pelo organismo em 2 a 3 semanas após a doação; o doador tem direito a um Atestado de doação que justifica a sua ausência do trabalho durante o dia da doação.

            Analise, pense no que você pode fazer por seu próximo. 
            Doar sangue é simples, rápido e você pode em um único ato ajudar quatro pessoas.

          Procure uma Unidade de Coleta da HEMOBA mais próxima de você (em nossa região temos Feira de Santana e Santo Antônio de Jesus), informe-se e junte-se a nós. 

            Alguém espera e precisa de você.

Abraço,

Márcia Rezende

domingo, 6 de outubro de 2013


VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER

Violência conjugal contra  a mulher, “É aquela que se dá entre cônjuges, ex-cônjuges, companheiros, ex-companheiros, podendo incluir outras relações interpessoais - noivos, namorados" (NAÇÕES UNIDAS, 1998).
Violência conjugal contra  a mulher “É qualquer ação ou conduta, baseada no gênero, que causa morte, dano físico, sexual ou psicológico à mulher tanto no âmbito público como privado” (CONVENÇÃO DE BELÉM DO PARÁ, 1994).
Segundo a pesquisa realizada através do IPEA por Leila Posenato Garcia, Lúcia Rolim Santana de Freitas, Gabriela Drummond Marques da Silva e Doroteia Aparecida Höfelmann, intitulada “Violência contra a mulher: feminicídios no Brasil”, a taxa de mortalidade anual chegou a ser de 5,82 óbitos por 100.000 mulheres, sendo que na região nordeste chegou a 6,9 por 100 mulheres e na Bahia, o segundo estado em número de ocorrências chegou a 9.08 por 100 mulheres.
As mortes de mulheres  decorrentes de conflitos de gênero, ou seja, pelo fato de serem mulheres, são denominados feminicídios ou femicídios. (Meneghel e Hirakata, 2011; Brasil, 2013).
Estes crimes são geralmente perpetrados por homens, principalmente parceiros ou ex-parceiros, e decorrem de situações de abusos no domicílio, ameaças ou intimidação, violência sexual, ou situações nas quais a mulher tem menos poder ou menos recursos do que o homem. (WHO, 2013).
Este ano na Bahia mais de 33 mil mulheres foram vítimas de algum tipo de agressão. Em boa parte dos casos, o parceiro é o principal agressor. Em municípios no interior do estado, centros de referência atendem e dão apoio às mulheres. (Do G1 BA, com informações da TV Bahia).
A Lei Maria Da Penha completou 07 anos no mês de agosto e ainda há muitos questionamentos sobre sua eficácia diante do índice de violência contra a mulher. A Lei não pode arcar sozinha com a responsabilidade da redução desse índice. É preciso mais atuação das políticas públicas voltadas para esse fim, é preciso que a sociedade se mobilize mais, que as mulheres agredidas tenham de fato e de direito a chance de falar sem que isso a exponha a mais uma nova agressão. A Lei é um marco, um caminho, uma luz no fim do túnel, mas não pode ser a única.
Quando a violência acontece com uma gestante, a barbárie é ainda pior, porque atinge também a um ser indefeso, protegido apenas por uma mãe que se encontra agredida e estas situações de estresse e agressão podem contribuir para um parto prematuro.
A violência em nenhuma situação ou cometida por quem quer que seja deve ser aceita ou justificada, quando cometida por alguém com “estudo”, “com dupla competência para assegurar os direitos”, se torna inadmissível, vergonhosa, cruel. Esse possivelmente não é o primeiro fato em nosso município, mas tendo sido ele exposto pela vítima e tendo características peculiares descritas acima, deve servir como um marco inicial na luta em defesa das mulheres vítimas de violência em nossa cidade. Que outras vítimas tenham a coragem de denunciar e que o Município, o Estado  e a Sociedade efetivem a garantia dos direitos dessas mulheres.
                                                                                                                              Márcia Rezende





terça-feira, 21 de maio de 2013

Cidadania, precisamos exercê-la!




Cidadania (do latim, civitas, "cidade")1 é o conjunto de direitos e deveres ao qual um indivíduo está sujeito em relação à sociedade em que vive.2
O conceito de cidadania sempre esteve fortemente "ligado" à noção de direitos, especialmente os direitos políticos, que permitem ao indivíduo intervir na direção dos negócios públicos do Estado, participando de modo direto ou indireto na formação do governo e na sua administração, seja ao votar (indireto), seja ao concorrer a um cargo público (direto).3 No entanto, dentro de uma democracia, a própria definição de Direito, pressupõe a contrapartida de deveres, uma vez que em uma coletividade os direitos de um indivíduo são garantidos a partir do cumprimento dos deveres dos demais componentes da sociedade.4

Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Cidadania

Portanto exercício da CIDADANIA é politica, e não politicagem, temos o direito e o dever de exercê-la. Passamos uma boa parte do tempo criticando as ações ou a falta de ações políticas da alta cúpula dos governos Estadual e Federal, ficamos indignados, reclamamos de cá de longe, mas já nos damos por satisfeitos, afinal, de lá ninguém sabe quem está dizendo o quê. Porém nada fazemos de efetivo para mudar situações gritantes que infringem diretamente aos nossos direitos.
Vivemos há algum tempo em nosso município realidades que nos atingem direta e indiretamente. E aí? Nosso grito tem que ser visto como politicagem, como ânsia pelo poder? Desde quando a desonestidade, a improbidade passam a ter duas verdades, dois sentidos, dois significados? Mas na verdade é que aqui de perto cada um tem que deixar o interesse próprio de lado e se mostrar, não dá pra se esconder. E aí o caso passa a não ser bem assim...pode ter sido engano...a história tá mal contada.
Precisamos nos envolver sim. O nosso município tem outras histórias para serem veiculadas, que não apenas assaltos, assassinatos, escândalos. Nisso não precisamos ser iguais ao outros. Chega!