"É a enfermagem exercendo o seu papel"

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terça-feira, 28 de junho de 2011

CRIANÇA X HIPERTENSÃO ARTERIAL

     As crianças de hoje já não brincam mais como antigamente, já não se alimentam mais como antes... .

Toda essa transformação deveria ser vista com naturalidade se não estivesse interferindo prejudicialmente no desenvolvimento e na saúde de nossas crianças e adolescentes.

As brincadeiras de hoje são através das redes sociais (internet), com videogames, filmes, jogos eletrônicos, etc. Brincadeiras que envolvam atividades físicas estão ficando de lado ou são realizadas apenas como atividade escolar.

A alimentação está cada vez mais prática, pré-pronta, industrializada. Saborosa, é verdade, mas detonada em gorduras saturadas, calorias, químicas, conservantes, etc.

RESULTADO DE TUDO ISSO?

Tem sido cada vez mais crescente o índice de crianças apresentando hipertensão arterial. A esse fato estão relacionadas a má alimentação, o sedentarismo, além da hereditariedade.

Cerca de 5% das crianças e adolescentes brasileiros já tem pressão alta, caminho fértil para desencadear outras doenças crônicas quando adultos.

Segundo pesquisa realizada pela SBH (Sociedade Brasileira de Hipertensão), um em cada 20 adolescente tem a hipertensão.

Uma criança deveria consumir no máximo 1 grama de sal/dia (meia colher de tempero). Totalmente fora de nossa noção: só uma espiga de milho tem 10 mg de sódio, 01 pãozinho com pouca manteiga já possui 80mg.

Pensemos então quanto possui cada uma das deliciosas guloseimas salgadas e fritas que consomem estas crianças na cantina da escola, no shopping, etc.

É preciso haver uma consciência e ações imediatas em torno da reeducação alimentar, partindo da família e completando na escola, além da sociedade, para que essas crianças tão referenciadas como “futuro do país” não se transformem apenas no reflexo do hoje.

Fonte: Revista Saúde!, edição 331, dezembro/2010

domingo, 5 de junho de 2011

A AIDS CONTINUA PRESENTE



Há exatos 30 anos, no dia 05 de junho, a AIDS surgiu devastadoramente, assustando o mundo inteiro e partir de então mantando milhares de pessoas.

A expectativa de sobrevida era zero. O tabu em volta do assunto não permitia o diálogo como estratégia de prevenção, o tratamento medicamentoso ainda era uma experiência.

Três décadas depois, a Uniaids - o Programa das Nações Unidas para HIV/Aids - relembra a data alertando para a necessidade urgente de mais investimentos, menos desperdícios e mais programas inteligentes no combate ao vírus.

Ainda hoje mesmo depois de vários estudos, surgimento de várias entidades de apoio, da eficácia do coquetel, trabalhos de prevenção, divulgação na mídia e pelo Governo, programas específicos, falar e tratar a AIDS continua sendo complexo. Além de tudo isso, há muita descriminação em torno dos portadores do vírus e associação da doença ao chamado “grupo de risco”, ainda que este não seja o mais acometido.

Nas mulheres, 94,9% dos casos registrados em 2009 decorreram de relações heterossexuais com pessoas infectadas pelo HIV. Entre os homens, 42,9% foram por relações heterossexuais, 19,7% homossexuais e 7,8% bissexuais. O restante foi por transmissão sanguínea e vertical.

Sendo nosso país imediatista demais, basta emergir outro problema seja ele de saúde ou não para que o destaque na mídia e nas ações mude de rumo. A certeza da existência dos programas, das medicações não é suficiente, é preciso agir constantemente, prevenir diariamente.

Lógico que temos grandes resultados, as pesquisas pela cura avançam e a sobrevida e com qualidade já é uma realidade. Mas na verdade as pessoas não querem apenas um tratamento adequado, elas querem não adoecer; desejam poder receber um abraço destemido, afetuoso; um aperto de mão firme; não ter receio dos exames pré-nupciais; as mães querem ter prazer em amamentar, não terem medo em gerar seus filhos.

A Rede Básica de Saúde sendo a assistência mais está próxima dos usuários, por possuir estratégias que possibilitam um trabalho mais presente, precisa se fazer mais atuante, realizar salas de discussão, buscar apoio na comunidade, com as associações, nas escolas, com pais.

O levantamento feito entre jovens, realizado com mais de 35 mil meninos de 17 a 20 anos de idade, indica que, em cinco anos, a prevalência do HIV nessa população passou de 0,09% para 0,12%.

Então é preciso falar, falar, falar...

A AIDS MATA!  Diminui a qualidade de vida, priva a possibilidade da realização de alguns sonhos e torna-se uma sombra na vida de seus portadores. No Brasil em 2009 notificados 38.538 casos da doença.

Observando-se a epidemia por região em um período de 10 anos – 1999  a 2009 – a taxa de incidência no Nordeste cresceu de 6,4 para 13,9 %. Vale lembrar que o maior número de casos acumulados está concentrado na região Sudeste (58%).

Na Bahia em 2009 registrados 496 óbitos por AIDS e em 2010 foram notificados 597 casos.

DEIXEMOS DE FALSOS PUDORES CONVERSEMOS E TRATEMOS SOBRE A AIDS COM O RESPEITO E A DEDICAÇÃO QUE MERECE. SÃO AS VIDAS DE NOSSOS ADOLESCENTE E JOVENS QUE ESTÃO EM JOGO.